Trecho do livro "A Cabana da menina que roubava pipa""Entrei no
peshawar, na cabana, e encontrei
Nana Samira, minha esposa, sentada com um
kothoc, pau de dar em doido, no colo.
Samira perguntou onde eu estava até essa hora. Disse que estava na
shalam, casa, de Amir Nazar. Na casa de Nazar é o
nassum, caralho afegão - gritou ela - liguei para Amir agora a pouco e ele disse que você não aparece lá desde domingo. Isso para mim é
porráh, mentira.
Porráh - falei exaltado - agora você vai estragar a surpresa que estava preparando. Procurava uma
putáah, bicicleta, para nosso filho Karin
jan.
Ah, claro, que tal eu falar com
baba jan, papai, que você ficou até duas da manhã na rua procurando
putáhh? Porque você não foi atrás da
putáhh da sua mãe? Acha que eu vou engolir essa
porráh? Disse Samira sacudindo o
kothoc.
Desarmado e despreparado para aquela
ka-bum, briga, disse com carinho
- Amorzinho, porque você está assim tão nervosa? Quer que eu lhe prepare um chá de
Pari-Sham, mara-cujá?
Vai você tomar no
Sham. Disse ela encerrando a discussão. "